sábado, 10 de outubro de 2009

Ainda estou ultrajado pela atribuição do Nobel da paz, e quanto mais leio e quanto mais vejo nos media pior acho que a decisão foi.
Quando há interesses económicos ou geopoliticos por trás de decisões é muito fácil tomar "decisoes" sobre este tipo de matérias. Se ele abrisse as fronteiras a Cuba ou se ele tivesse coragem de confrontar a China em relação à tomada pacifica do Tibete, isso sim seria relevante. claro que toda a gente sabe que em 50 ou 60 anos estes dois paises e os problemas sociais que têm recebem menos cobertura dos media do que o novo corte de cabelo do Cristiano ronaldo recebe em dois dias e portanto parece-me a mim que é óbvio que o Obama estava a precisar de um empurraozinho no moral para ter sucesso em avançar com a reforma da saúde nos states. Tcha-ran, é magia e aí está ele. Back on top of the world.

De qualquer maneira, apesar de estarmos na idade da informação e dos media é ridiculo como o que acontece é que sempre que acontece alguma coisa irrelevante como esta - sim, porque entregar este nobel ao obama é tão irrelevante como darem um óscar para melhor extra - todo o mundo esquece o que se passa em sitios realmente importantes e vamo-nos destraindo com parvoices... de parvoice em parvoice para que os dias pareçam menos secantes.. A verdade é que é mais fácil pensar em coisas pequenas e insignificantes do que ter que pensar em problemas realmente profundos e tentar arranjar soluções incómodas para eles.

E todo este testamento serviu só para dizer que no meio de toda a informação completamente irrelevante que tenho lido sobre a atribuição deste nobel, finalmente oiço alguma coisa que se aproxima de ser relevante e toca nos pontos obscuros desta atribuição.

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